TUDO NOVO, revirado, remexido.
Tira o machucado
Tira o estragado
Tira o que tá sujo
Tira o mofo, o poço
Tira o nosso, incompleto, invisível, previsível.
Desato os nós do passado, para me emaranhar no que há de acontecer
Hoje, de novo como ontem ou amanhã
Hoje, outra, mais uma, a mesma, eu
Identidade camuflada, escancarada
Arranco a máscara do não existir
Tiro o véu da insegurança
Sigo, mergulho, avanço, entro, arrombo
Sem dor, sem maldade, sem vontade
Vou
Subo
Olhando para baixo para ver a distância da queda
Certa
Mas subo, levada pelo vácuo da indecisão
Decidi ter a indecisão decidida
Decidi, que decido, por mais indeciso que seja
Decidi
Decidi?
Tentei convencer, não perder, resolver
tentei
tentei
tentei
Rodopiei feito bailarina nos ciclos
Dois ciclos
Diferentes rotações que não se cruzam nunca
Um embaixo outro em cima
Em cima
Embaixo
Paralelo da desunião
União que tornou-se uma busca pelo reflexo do passado
Desejo, vontade, querer
Paixão, tesão, amor, amor, amor, amizade
O que fica?
O que vai embora?
Tudo
Voltamos a estaca zero
Eterno?
Não sei
MEL
Tira o machucado
Tira o estragado
Tira o que tá sujo
Tira o mofo, o poço
Tira o nosso, incompleto, invisível, previsível.
Desato os nós do passado, para me emaranhar no que há de acontecer
Hoje, de novo como ontem ou amanhã
Hoje, outra, mais uma, a mesma, eu
Identidade camuflada, escancarada
Arranco a máscara do não existir
Tiro o véu da insegurança
Sigo, mergulho, avanço, entro, arrombo
Sem dor, sem maldade, sem vontade
Vou
Subo
Olhando para baixo para ver a distância da queda
Certa
Mas subo, levada pelo vácuo da indecisão
Decidi ter a indecisão decidida
Decidi, que decido, por mais indeciso que seja
Decidi
Decidi?
Tentei convencer, não perder, resolver
tentei
tentei
tentei
Rodopiei feito bailarina nos ciclos
Dois ciclos
Diferentes rotações que não se cruzam nunca
Um embaixo outro em cima
Em cima
Embaixo
Paralelo da desunião
União que tornou-se uma busca pelo reflexo do passado
Desejo, vontade, querer
Paixão, tesão, amor, amor, amor, amizade
O que fica?
O que vai embora?
Tudo
Voltamos a estaca zero
Eterno?
Não sei
MEL
Um comentário:
Repto - Vinicius de Moraes.
Vossos olhos raros
Jovens guerrilheiros
Aos meus, cavalheiros
Fazem mil reparos.
Se entendeis amos
Com vero brigar
Combates de olhar
Não quero propor.
Sei de um bom lugar
Onde contender
E haveremos de ver
Quem há de ganhar.
Não sirvo justar
Em pugna tão vã.
Que tal a amanhã
Lutarmos de amar?
Em campos de paina
Pretendo reptar-vos
E em seguida dar-vos
Muita, muta faina
Guerra sem quartel
E tréguas só se
Pedires mercê
Com os olhos no céu.
Exaustão de gozo
Que tal seja a regra
E longa a refrega
Que aguardo ansioso
E caiba dizer-vos
Que inda vencedor
Sou, de vossos servos
O mais servidor...
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