16/04/2009

DÉBORA, Juíza e profetiza de Israel

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Cântico de Débora, segundo a tradução da Bíblia de Jerusalém:





“Já que, em Israel, os guerreiros soltaram a cabeleira
e o povo espontaneamente se apresentou,
bendizei a Iahweh!

Ó reis, ouvi! Ó príncipes, escutai!
A Iahweh, eu, sim, eu cantarei,
celebrarei a Iahweh, Deus de Israel.

Iahweh! Quando saíste de Seir,
quando avançaste nas planícies de Edom,
a terra tremeu,
troaram os céus, as nuvens desfizeram-se em água.
Os montes deslizaram na presença de Iahweh, o Deus de Israel.

Nos dias de Samgar, filho de Anar, nos dias de Jael,
não existiam mais caravanas;
aqueles que andavam pelos caminhos
seguiam tortuosos atalhos.

As aldeias estavam mortas em Israel,
estavam mortas,
até que te levantaste, ó Débora,
até que te levantaste, mãe em Israel!
Escolhiam deuses novos,
e a guerra batia às portas.
Não se viam escudos nem lanças,
e eram quarenta mil em Israel!

O meu coração volta-se para os chefes de Israel,
como os voluntários do povo!
Bendizei a Iahweh!

Vós que cavalgais brancas jumentas
e vos assentais em tapetes,
e vos que ides pelos caminhos, cantai,
ao som da voz dos pastores,
a beira dos bebedouros.
Aí se celebram os atos justos de Iahweh,
os seus atos de justiça pelas aldeias de Israel!
Então o povo de Iahweh desceu às portas.

Desperta, Débora, desperta!
Desperta, desperta, entoa um cântico!
Coragem, Barac! Levanta-te
e domina os que te haviam aprisionado, filho de Abinoem!

Então Israel desceu às portas,
o povo de Iahweh desceu por sua causa, como herói.

Os príncipes de Efraim estão no vale.
À tua retaguarda, Benjamim está entre os teus.

Os chefes desceram de Maquir,
de Zabulon, aqueles que levam o bastão de comando.

Os príncipes de Issacar estão com Débora,
e Naftali, com Barac, pelo vale, seguiu as suas pegadas.

Nos clãs de Rúben
Demoradamente se deliberava.
Porque ficaste nos currais
a escutar o assobio, junto aos rebanhos?
Nos clãs de Rúben
Demoradamente se deliberava.

Galaad ficou do outro lado do Jordão,
e Dã, porque vive nos navios?
Aser permaneceu na orla do mar,
e tranqüilo habita em seus portos.

Zabulon é um povo que enfrentou a morte,
como Naftali, nos planaltos do território.

Os reis vieram e combateram,
os reis de Canaã combateram
em Tanac, a beira das águas de Meguido,
mas não levaram dinheiro por espólio.

Do alto dos céus as estrelas lutaram,
de seus caminhos, lutaram contra Sísara.

A torrente do Quison os arrastou,
a torrente dos antigos tempos, a torrente do Quison!
Marcha, minh´alma, ousadamente!

Então os cascos dos cavalos martelaram o chão:
galopam, galopam os seus corcéis.

Maldito seja Meroz, diz o Anjo de Iahweh,
amaldiçoai, amaldiçoai os seus habitantes:
pois não vieram em auxílio de Iahweh,
entre os heróis, em auxílio de Iahweh.

Bendita entre as mulheres Jael seja
a mulher de Héber, o quenita,
entre as mulheres que habitam em tendas, bendita seja ela!

Ele pediu-lhe água: leite lhe trouxe,
na taça dos nobres serviu-lhe creme.
Estendeu a mão para apanhar a estaca,
a direita para alcançar o martelo dos trabalhadores.

Então matou Sísara, rachou-lhe a cabeça,
com um golpe perfurou-lhe a têmpora.

Entre os seus pés ele desabou e se estendeu.
Onde caiu, ali ficou, sem vida.

À janela a mãe de Sísara se debruça
e espia, através da grade:
“Porque tanto tarda o seu carro a vir?
Porque são lentos os seus cavalos?”

A mais sábia das suas donzelas lhe responde,
e a si própria ela repete:
“É que sem dúvida demoram em repartir os despojos:
uma jovem, duas jovens para cada guerreiro!
Finos tecidos bordados e coloridos para Sísara,
um enfeite, dois enfeites para meu pescoço!”

Assim perecem todos os seus adversários, Iahweh!
Aqueles que te amam sejam como o sol
quando se levanta na sua força!”




MEL

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