"Repara um pouquinho nesta,
no queixo,
no olhar,
no gesto,
e na consciência profunda
e na graça menineira,
e dize,
depois de tudo,
se não é,
entre meus erros,
uma imprevista verdade.
Esta é minha explicação,
meu verso melhor ou único,
meu tudo enchendo meu nada."
dele. (Drummond)
midraj.
01/03/2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
6 comentários:
Para Midraj:
``Vi O Lento.``
Arrebenta o corpo que quebra suave na areia
Vem o mar te beijar.Te sugar pra dentro.Volta pra casa Sereia.De volta pro lar: Iemanjá
Postado por: a barba Imperial de Dom Pedro com óculos bifocais.
(oferece)
ainda que mal te furtes;
ainda que mal te siga,
ainda que mal te voltes;
(...)
ainda que mal te agarre,
ainda que mal te mates;
(oferece tudo)
E que mais, vida eterna, me planejas?
O que se desatou num só momento
não cabe no infinito, e é fuga e vento.
A Vida Passada a Limpo, 1959
d.
Cai amplo o frio e eu durmo na tardança
De adormecer.
Sou, sem lar, nem conforto, nem esperança,
Nem desejo de os ter.
E um choro por meu ser me inunda
A imaginação.
Saudade vaga, anônima, profunda,
Náusea da indecisão.
Frio do Inverno duro, não te tira
Agasalho ou amor.
Dentro em meus ossos teu tremor delira.
Cessa, seja eu quem for!
Fernando Pessoa, 19-1-1931.
``O Encouraçado``
Para Midraj.
Ancorou um navio esta semana
Era um curioso dia em preto e branco
No Rio de Janeiro.
Veio da Rússia.
Em busca dela.
Nos olhos castanho do destemido
Capitão com suas barbas imperiais
Os doces e róseos bicos dos
Tenros empinados seios dela.
Chamava-se Midraj.
E não era uma sereia.
Era sua busca!
Parte de sua vida.
Teria encontrado em solo brasileiro
Seu amor perdido
Ou teria a insensatez vencido o
Já fraco capitão antes tão
Destemido?
Ainda sim, jamais desistiu.
Encontrar Midraj ainda estava
Em seus mais inquietantes sonhos.
Assim como seu belo par de mamilos
Róseos.
U Lá lá!
q ventos apaixonados sompram por aqui
Postar um comentário