30/12/2009

Areia no pote de vidro


os dias passam

v a z i o s
e você?
as horas desnudas
se constrangem
se sentam se sentem longas e ao meu lado dizem macia e paulatinamente
espera áspera e autera
verá
a sábia ampulheta vira

verá que vira ei de vê-la virar há de vir dar o ar
da graça
e sorriso aberto de braços prontos
para
en-
laçar

elA

05/11/2009

carrossel

Num belo dia olhei pra ela e pensei: Como pode? Já estava na hora dela fazer alguma coisa
hj
o espelho me diz isso

será q a vida é cíclica?

MEL carrossel

por dentro

tá dentro de vc, embora vc nao ache
.
algumas diferenças morfologicas acontecem, pelo conhecimento alheio vc acredita
.
muitos acontecimentos hormonais te fazem ter certeza
.
o olhar que te observa sempre, agora parece ter dois focos.
Um, aquele mesmo que vc já conhecia. o outro, mais cumplice, mais doce. um olhar que perfura todas as camadas da visao
Nesse caminho, interrogações saltitantes e coloridas
!!!
A mais longa performance feita na vida
.
A maior produção de todas
.
Sua grande obra de arte
...
em processo
MEL

oniranálise

E depois de tanto tempo tomou coragem e voltou a se deparar com as malditas teclas que teimavam em reaparecer em seus sonhos.

Oniranálise
ontem com uns amigos voltou a acreditar que coincidencias existem e que cada vez mais, piegas ou não, sente que precisa pensar positivo

Chato essa coisa de TER que pensar em coisas boas. Mas é claro o momento em que se deixa de praticar o "bom" pensamento e a cabeça turbilha de tragédias. Daí, o gráfico dispara e sua mente só observa o q há de pior em tudo

é por isso que medito
é por isso que vejo o mar
é por isso que compro frutas, pela suas cores
é por isso que amo meu amor
é por isso que experimento todo as religiões e cada vez percebo meu imenso ceticismo
é por isso que agarro meu cachorro
que tento amar as pessoas
que dou bom dia no elevador
que mando beijo qnd alguém me manda tomar no cú no transito

é por isso
q voltei!


MEL
(agora com laranja)

25/10/2009

Relaxa, não é só você, o mundo está cheio de gente assim. As pessoas ficam procurando a verdade e depois que encontram não sabem o que fazer com ela.

elA

15/09/2009

Sabe o que é que eu fico pensando as vezes? Tem tanta gente que passa, né?
Geralmente isso acontece quando estou no ônibus. É assim, as vezes eu vejo alguém passando na rua e fico olhando pra aquela pessoa. Aí, eu fico pensando: de onde será que ela está vindo, o que será que acabou de acontecer com ela, para onde ela está indo? Será que ela está feliz, angustiada, o que será que ela está sentindo agora, neste momento? Que tipo de pessoa será que ela é? Você não fica pensando isso, não?

elA

14/09/2009

Não é preciso berrar pra que te escutem. Ao contrário disso, é capaz de o berro ensurdecer alguém.

elA

Carta a um admirável diretor.

Oi Jefferson,
fiquei pensando quinze mil duzentas e quarenta e nove vezes se eu te mandava esse email. Nada demais, mas incrível como uma coisa banal as vezes nos faz pensar demais. Imagina... Se eu mando ou não um email. è que as vezes as banalidades contém tantas outras coisas que... Bem, o fato é que assisti as peças e seus trabalhos sempre mexem comigo de uma forma que eu sei essas minhas palavras aqui não vão dar conta de explicar, mas mesmo assim vou fazer o possível. E a dúvida entre enviar e não enviar o email foi: "Caramba, o Jefferson não é muito dado a elogios, não vou mandar... Mas o trabalho é lindo, vale a pena ser comentado, ele não vai se incomodar. Ah, mas vai parecer piuguice. Ah, mas eu sou piegas, ué, qual o problema em ser pieguas?" Enfim, monólogo interior bombando só com o simples fato de mandar ou não uma porra de um email. Caralho, se todos os problemas do mundo fossem como essse... "Ah Alessandra, manda logo isso e pára de gracinha, vai!" Decidi mandar, já tô mandando.

Quarta-feira, estréia do 21.1. Não lembro ao certo que horas mas era a tarde e eu estava em casa pensando em que objeto levar, remexendo minhas pessoalidades, minhas memórias, minhas lembranças, pensando em que parte da minha vida valia a pena ser remexida. E um estalo: cara, que maneiro isso. Eu estou aqui, na minha casa, no meu quarto, com as minhas coisas, e o espetáculo já começou. E adorei isso, sobretudo porque em março apresentei a minha monografia e meu trabalho consistia justamente na minha própria história sendo dividida com o público através dos meus objetos que iam aos poucos sendo guardados em caixas de papelão. Era um péríodo de mudança na minha vida, conclusão da minha faculdade, minha pessoalidade sempre esteve em cena desde o primeiro período e foi a forma mais sincera que encontrei de concluir aquele ciclo de vida e arte, não necessariamente nessa ordem, mas certamente intrinscecamente ligados. O nome do trabalho monográfico é "Sobre Nós - um diálogo entre poesia, composição e improvisação na transpósição do pessoal para o artístico". Mas não estou aqui para falar do meu trabalho, no entato não pude deixar de falar, já que o que eu vivi no 21.1 tinha essa minha experiênciacomo antecedente. E já foi muito bacana remexer meus objetos para levá-los a um espetáculo, imagina fazer isso depois de ter feito um espetáculo com os meus próprios objetos... enfim, eu estava adorando aquilo. Cheguei no Sesc e a... ai, esqueci o nome dela agora.... Ah! A Liliane me pediu meus objetos. Entreguei a ela e quando vi, ela os estava guardando dentro de caixas de papelão! Virei para o meu amigo e falei: "Alê, olha, caixas de papelão!" Fiquei curiosíssima querendo saber o que eu ia encontrar lá, se ia ser parecido com o "sobre nós", se não, o que ia ser feito com os objetos pessoais do público, se iam nos inserir na cena, se iam, de que maneira o fariam (confesso que essa parte me deixou beeeeeeeem aflita! Tanto que a Miwa perguntava alguma coisa e as minhas respostas monológicas tinha por dentro um coração disparado dentro de um corpo duro e retesado. Menino, tenho pavoooooor dessas coisas. E ainda inventei de ser atriz, vai entender! Vai ver é isso, que é mais fácil estar dentro do que fora de cena)?Na cara e na coragem, entrei. E a cada instante eu ia me apaixonando mais. Aquele clima estável, conversa, todos temos uma história, de quem será esse objeto e que história esse objeto vai contar... o que cada um vai falar, como as pessoas vão se mostrar... Não sei dizer, Jefferson, mas sem catarzes o trabalho foi muito provocador, sabe? e que coisa mais linda a Miwa revelando no final que era o pai dela, aquele homem que vinha, e a mãe aquela mulher que esperava... E Jesus, maria, José, se eu tivesse no lugar do cara que ela pediu pra tocá-la no final... Eu nem sei, acho que ia ficar catatônica, estática, completamente paralisada. se mal eu conseguia responder as perguntas triviais que ela me fazia, rsrsrsrsrrs Imagina estar ali, diante de uma mulher nua, pedindo para ser tocada, na frente de vinte e tantas pessoas... Esse incômodo, esses lugares em que seus trabalhos nos colocam... É genial. E no fim, uma pergunta: será que a história do Leandro é verdadeira, será que os objetos são mesmo da avó dele? Será que aquelas trocas de cartas são reais? Será que o que a Julia disse era verdade? Sair provocado por tudo isso, é genial... E mais: como a falta de aplausos é maravilhosa, a continuidade que isso provoca. Começou como terminou, sem rupturas, sem quebras, sem dizer aqui começa ou aqui um "espetáculo". Tudo faz parte da vida. E adoro ver isso... Vida e arte tão misturadas, sem se confrontarem, sem perguntar onde começa e termina uma e outra coisa. Divino. essa questão me ronda tanto. Sei que ronda a arte contemporânea de um modo geral, mas ver acontecer, viver acontecer num a experiência como a tua proposição 21.1 é sempre bom demais. Obrigada por esses instantes, obrigada por me dar a oportunidade de me transformar e afirmar essas questões na minha vida, na minha arte - "em mim", talvez seja melhor dizer, para não separar levianamente uma coisa que está tão misturada com a outra.

Sábado, 05 de setembro, fui assistir 21.2. E mais uma vez fiquei encantada. Entrei ali, naquele bar, sentei e durante praticamente toda aquela 1h40 eu me sentia plena e admirada. Uma encenação tão simples e tão sofisticada ao mesmo tempo. É tão difícil qualificar o teu trabalho, Jefferson, porque eu acho que é justamente isso que ele faz. É como se ele descategorizasse as coisas e colocasse vida nelas. Sem a necessidade das decodificações. Ai, e aquele vestidoooooooooooooo, pelo amoooooooooor Deus, pai santíssimo e amadoooooo. Que coisa mais laranja e mais maravilhosa é aquela? Mas o mais bacana de tudo, é que a primeira coisa que me veio a mente quando a Luisa entrou em cena foi: "Gente, que mulher magra é essa?" A magreza dela era impressionante e me agoniou um pouco, até porque eu nunca a tinha visto pessoalmente e não podia imaginar que ela era tão magra. Até porque, sei lá porque, uma cosia engraçada, acho que a Luisa não tem cara de pessoa magra, sabe? Enfim, isso não vem ao caso. O fato é que pouco tempo depois, aquela magreza agoniante já tinha desaparecido dos meus olhos, porque o que eu via naquele dois, entre aqueles dois tomou proporções inomináveis. A gente está tão acostumado a ir ao teatro e ver personagens, e ver histórias, grandes cenários, e ver tanta coisa... O bacana ali era que eu estava vendo gente. E pra mim não tem nada mais deliciosa em teatro do que ver gente. Ontem mesmo, eu estava assistindo uma entrevista com o Matheus Nachtergaele e perguntaram a ele algo como que tipo de ator irrita ele quando ele está como diretor. Ele respondeu que ele gosta de todo tipo de ator, mas a única coisa que irrita ele é gente que não está verdadeira mente envolvida com o que faz, gente que não se mela daquuilo que está fazendo, que ele gosta de ver algo parecido com a vida. E acho que ele estava falando disso que eu vi ali. E acho que na verdade não é algo que se parece com a vida, né? Acho que é algo que é vida. Pelo menos pra mim, foi. Além de tudo isso, eu ainda estava vivendo um momento parecido com um instante que o casal Luca e hors viveu: a separação. eu estou vivendo um momento bem parecido e e olhei pra aquilo e vi tudo tão de verdade, vi tudo tão ali... o silêncio de uma separação, a incomunicabilidade, o estranhamento que acontece entre duas pessoas que até ali eram tão cúmplices, o abismo que se faz entre dois que já estavam tão misturados que nem sabiam mais o que ra de um ou de outro. E o vácuo que acontece dentro da gente. E o choro ininterrupto do fim, o entender que ali, acabou. Nesse omoento eu pensei: Gente, cadê a serra, porque uma gilete é pouco pra cortar os pulsos, rsrsrs. mas foi só um pensamento distaciado, entendeu? Eu não estava me sentidno assim! Eu me identifiquei com aquilo, era bonito, era verdadeiro, era denso, mas não era ua catarse trágica! E falei: filho da puta! Como que consegue fazer isso? Algo tão profundo, tão humano, tão verdadeiro sem ser excessivo, visceral a quinquagésima potência. Era para eu estar querendo cortar os pulsos, mas eu estava apenas identificando na Luisa o que de mim existia naquela vivencia. E esse "apenas" é tanta coisa... Aí eu me lebrei de uma frase que ouvi quando eu estava no primeiro período da faculdade, numa aula de teoria, o professor pergunatnd: Para que serve a arte?" E vendo 21.2 eu pensei: Cara, isso aqui me pergunta através da arte pra que serve a vida, e agora eu vou sair daqui, e vou me perguntar pra que serve a arte através da minha própria vida. E me lembre porque eu fui procurar fazer teatro da vida, pra que eu fui procurar escrever da minha vida, porque eu fui procurar fazer arte da minha vida e vida da minha arte... a vida por si só não deu conta dela mesma... e acho que a arte também não. Mas se não existe uma coisa nem outra separadamente, eu já estou me contradizendo, mas não tem problema, sinto que é algo por aí. E seus trabalhos sempre me ajudam a pensar sobre isso, a viver isso, a continuar me perguntando... Só que o mais belo disso tudo, é que parece que os teus trabalhos são tudo isso sem a pretensão de ser, e só por isso são, entendeu? Cara, parabéns de verdade, do fundo do coração (coisamais cliché e piegas... mas é verdade), é muito gratificante ter a experiência de entrar num teatro e experimentar tudo isso. Coisas que eu levro pra minha vida e que são, pode ter certeza, um aprendizado artístico, sempre. Um parabéns muito grato pra você e todos que estiveram presentes aí construindo esse trabalho. Vou colar aqui um poema que eu escrevi no ano passado, logo no início do meu processo de monografia... Acho que tem um pouco a ver com tudo isso, embora não dê a dimensão de nada do que eu vi...

TÍTULO
Quero ser no palco
letra de biografia romanceada
n'alma o que eu queria
era ser puro verso de livre poesia
e na vida , este conto inacabado,
o que eu poderia senão
essa mais plena ficção?

...

Reticências no espaço do pensar diriam:
Se não houvesse nesse coração estúpido
tamanha pretensão
quereria mesmo ser versos sem rima
amor sem endereçocarta sem destino
ponto sem final
porque no fim
tudo vira vírgula

nada

no meio de qualquer coisa
sem essa de virar canção,
arte comentada,
bibliografia recomendada
nessa pobre rima
esse particípio que já foi
quisera tanto que esqueceu de ser

Esse querer mais-que-perfeito...

Há um tempo falando também
do futuro de um que se escondeu lá atrás
não se tocou que seu presente não tinha conjugação
talvez nem verbo
nem coisa nenhuma
E sem querer, já é.

elA

Uma pena eu não ter assistido 21.3, ainda mais pq é com a Julia. Estou torcendo para que vocês ocupem outro espaço aqui no Rio. Vocês tem essa intenção? Bom, não sei se eu disse tudo, mas acho que eu disse o mais importante. Desculpe a pieguisse e os excessos... Tô trabalhando o comedimento, eu juro. Um dia eu consigo! rs.
Um beijo grande, Lelê


elA again

18/06/2009

Flores de plástico não morrem
mas também não vivem
Pessoas de plástico não vivem
mas também morrem.

elA

15/06/2009

A filosofia é a teorização, a literatura é o exemplo, a cena o acontecimento e a vida... essa ainda não sabemos o que é.

elA

É que a filosofia se pergunta muito na tentativa de entender, na literatura o exemplo querendo ser concreto, e a cena... concretude querendo ser vivida. E a vida no final das contas simplesmente é sem querer ser nada.

30/05/2009

A MINHA SORTE VALE R$1,00

Desempregada, solteira, sem dinheiro, há uma semana praticamente confinada em casa... e ainda por cima... de TPM! Puta-que-pariu!
A verdade é que, naquele sábado, era pra mim que o dia não ia muito bem... Nada bem. Acordei por volta de 14h30 com a sensação de serem 6h da matina. O corpo pesado e o humor dos dragões... um bafo de onça e o pobre do meu filho aqui, aturando a mãe. Minha mãe e meu irmão estavam saindo para um bloco animadíssimo, destes que tem aos montes no carnaval... Mas pra mim, são mais sinal de causadores insuportáveis de trânsito do que motivo de alegria, na verdade. Especialmente em dias de tpm, como aquele sábado.
Um amigo havia dito que reservaria um convite para eu assistir seu espetáculo "Cachorro", já que estou tão dura que nem as cinco pratas eu estava podendo... Como eu teria que pedir ao meu ex-marido para buscar o meu filho mais a noite, meu corpo era uma granada e o pavio não existia... deduzi que na real, a medida mais cuidadosa era ligar imediatamente para o pai do meu anjinho e pedir que ele o retirasse rapidamente da zona de risco – eu estava a ponto de explodir. Assim foi feito. Após dar o almoço e o banho, permiti ao pequeno mais alguns instantes de entretenimento no computador – ele é todo metido a tecnológico e adora os jogos do cartoon network, disney, jetix e discovery kids. O interfone tocou e então, meu filho estava a salvo.
Algumas tentativas frustradas de contato com o meu amigo para lembrá-lo sobre o convite não me fizeram desitir de finalmente sair de casa. Liguei para Santa vovó Yvonee pedi R$5,00 como ajuda de custos para que eu pudesse me locomover até a Gávea e depois voltar para casa (a passagem de ônibus custa R$2, 10). Minha Santa avó atendeu ao pedido de socorro e com uma nota de R$5,00 libertou a neta de seu confinamento. Após alguns instantes de papo entre as duas, o relógio marcava dezenove horas e cinco minutos alaranjados. É que estes celulares da moda tem display metido a moderninho, cool. Despedi-me de minha Santa vovó Yvone - imaginei que seria adequado sair com aquela antecedência, pois embora fosse apenas atravessar o túnel, seria bom chegar um pouco antes do horário para verificar o lance do convite. A peça estava marcada para começar às 20h.
Segui até o ponto de ônibus e julguei mais prudente pegar a van que ia para Gávea pelo túnel do que o ônibus 178, com mesmo destino, mas cujo trajeto incluia uma volta a mais - e havia um certo engarrafamento nesta volta a mais. Entrando na van, encontrei uma velha amiga, Marcela Leite – alguém com quem não tenho contato freqüente, mas muito carinho. Ela me chamou com empolgação. Comprimentamo-nos alegremente e sentei ao seu lado. Como está sua irmã e como vai seu pai, o que sua mãe anda fazendo da vida e seu irmão já deve está enorme, como vai o novo emprego e quando me dei conta, a van estava indo não pelo túnel, como de costume, mas pela Avenida Niemeyer - e um trânsito ferrenho me fazia suspeitar que eu chegaria estourando o limite do relógio. Enfim, procurei aproveitar aquele encontro inesperado. Conversamos um pouco , eu e Marcela , e quando eu estav no auge do último episódio trágico da minha relação teoricamente amorosa, toca o telefone de Marcela - Imagina só? Era o auge! É claro que eu estava no grau máximo de euforia, gesticulando feito uma louca, fazendo caras e bocas, defendendo veementemente minha razão integral na história, envolvidíssima com o presente momento revivendo o instante passado. - Ela falou por algum tempo e desligou. Retomei do ponto onde havia parado, mais calma serena e podenrada, é claro. Ela estava interessadíssima, afinal minha histórias são sempre profundas, densas, gregas, e muito dialogava com minhas questões durante a conversa. O telefone tocou de novo. - Eu sorri, tentando demontrar a simpatia de uma pessoa compreensiva, serena, controlada, afinal de contas era seu pai. Família, né? A gente tem que ter respeito pela família dos outros. Eu não ia gostar se fizessem cara feia pra minha mãe mesmo que ela estivesse do outro lado do telefone. Mas aquela ligação já estava durando cerca de dez minutos e quando um pai passa mais de cinco minutos numa ligação... Pode ter certeza, o esporro tá comedo! - Ainda bem que eu não tenho pai - Dito e feito, Marcela desligou e disse: " É que eu perdi a bolsa da faculdade e meu..." TRIIIIIIIIIIIIIMMMMM "Alô, oi pai..."
Aí foi até quase o fim da Avenida Niemeyer naquele blá blá blá, mais do lado de lá do que do lado de cá, porque a voz da Marcela mesmo, eu ouvi poucas vezes. No total, ela deve ter passado cerca de vinte minutos só nesta ligação. Marcela finalmente desligou. Ai eu quase gozei, já estava virando uma necessidade vital terminar aquela história, até porque, vinte minutos entubando pra poder contar. Empolgadíssima, eu abri a boca e ia emitir o primeiro som quando a Marcela disse: Ai, rapidinho, amiga, agora tenho que ligar para o Pedro – o novo caso com quem ela estava indo encontrar no Leblon – "Oi Pedro, foi mal, é que eu estava no telefone com meu pai e tal... tá, pode ir saindo de casa, peraí... Moço, vou saltar aqui, na esquina daAtaulfo! Oi Pedro, então tá bom, daqui a pouco a gente se vê. Beijo." – Eu ainda estava com a boca aberta, paralisada na mesma posição. Queria poupar o tempo de abrir aboca pelo menos e aproveitar o último minutinho que restava pra contar meu drama. Mas ali estava a esquina da Ataulfo. Marcela lamentou por não termos conversado mais, nos despedimos com dois beijinhos e ela desceu.
Eram 20h05 e a peça já havia começado. Pensei que se eu corresse, de repente chegava a tempo de entrar.A van me deixou na Bartolomeu Mitre, próximo ao Hospital Miguel Couto. Corri, corri, corri, corri, corri até o Planetário. É verdade que parei algumas vezes. Uma puta dor no peito, fumante é foda! Com bronquite ainda por cima... Melhor nem comentar. Chegando no Planetário logo avistei a Luciana Martoni. Ela estava na porta com toda pinta de produtora. Ela e mais uns dois funcionários do teatro. A janela da bilheteria estava fechada por uma madeira idêntica ao resto da parede do lugar.
"Oi, Luciana, a peça já começou, né..." Ela começou a me responder: "É, e você sabe como é o teatro aqui, né, depois que fecha..." Minha vontade naquele momento foi de sentar exatamente ali onde eu estava e chorar...mas chorar muito, muito mesmo! Choro de mulher desempregada, solteira,com uma fortuna de R$3,00 no bolso, enfurnada há uma semana dentro de casa, sem qualquer mililitro de alcóol no sangue, recém saída de um trânsito ferrenho, com TPM filha-da-mãe e barrada na porta do teatro depois de correr a Maratona dos Fumantes Fudidos. Ainda assim, eu resperei fundo - não tão fundo senão o choro podia vazar - e tentei, juro que tentei, simpaticamente falar sobre o horror que estava o trânsito, culpando estes blocos animadíssimos de carnaval pelo meu atraso. Prometi voltar no dia seguinte e com antecedência. A minha sorte é que o dia seguinte era aquele último domigo do mês, quando os teatros da prefeitura do Rio vendem seus ingressos a R$1,00.

elA

29/05/2009

EU E ELA SOMOS NÓS


Ela não precisa de espaço nem tempo, não precisa de dentro nem fora, nem motivo ou causa, nem ponteiro parado, televisão sem som, som quebrado, multidão vazia, nem de gente cheia de tudo, nem de tudo nem de nada, nem coisa alguma. Ela é coisa democrática, silenciosa, verborrágica, ela em qualquer forma. Ela na veia correndo por todo corpo, efeito instantâneo e latente. Só lhe dão se você deixar... e um espaço vazio, sem quinas, sem cor, sem gente, sem móveis. Só você e a agulha. Fina, pequena, indolor, prata, na veia, agulha, suave... Ela entra macia e faz aquele pic. Só lhe dão se você deixa entrar. E você deixa. E entra, é denso e seria amargo se tivesse gosto... líquido entrando denso no corpo e o corpo olha por teto que não há. E o teto é branco e o céu nublado e as espumas e azul do céu sem nuvens e o mar azul e o barulho chuá que vai e que vem e a água molhada na areia gelada que cobre o pé das unhas vermelhas do esmalte risqué que começou a descascar no dedão. E o gelado do coco na garganta que desce enquanto o opala 86 passa preto na rua e buzina antes de o sinal abrir. Os pés que caminham sobre areia fofa antes de pisarem no chão de metal desenhado do ônibus da linha 177 que vai em direção a praça Mauá. A agulha sai num rompante do braço mas isso não é nada comparado ao lirismo das altas montanhas cheias de curvas e árvores, montanhas com nome de pão-de-açucar brilhando verdes parecendo veludo da luz que sol assina nesse espetáculo... altas belezas naturais logo ali atrás dos espelhos d'água, as águas vistas pela janela que anda ali no aterro do Flamengo. E de repente tudo isso some. Não tão lírica é a gorda - ela é enorme, um mundo praticamente, não é só gorda, é obesa mesmo, e mórbida ainda por cima - a gorda que acaba de levantar ao lado e cobrir toda a visão da cena. Sem pedir lincença, ela levanta e ainda passa o seu gigantesco quase sufocante traseiro na sua cara. Ela se vai e a vista volta. O pão-de açucar já foi e agora o que se vê é... ih! Moço! Abre aqui pra mim? O que se via era o posto BR na Osvaldo Cruz. Escuro. Está escuro agora. Não estava quando os pés pisaram a areia fofa. O porteiro não está na cadeira. Nossa, a parede da portaria do prédio é marfim? Não é branca? Jurava que era... E o piso? Que isso? O piso é de mármore e de losangos e é preto e é branco e... um poste no canto direito. Um poste no canto direito? Um poste também de losango e também branco e também preto e alto e colonial e cafona no canto direito! Cafonérrimo! Um poste cafonérrimo no canto direito? 16 anos morando num prédio preto e branco cafonérrimo... Isso é constragedor. As plantas até que não incomodam embora não falem nem andem e pareçam mortas mesmo estando vivas. Ai que nojo!!!! Uma lagartixa branca passando com o rabo pela metade no losango. Será que o rabo dela ficou se mexendo quando ela o perdeu? De que cor será que a lagartixa vê o mundo? Será que ela vê vendo? De repente a lagartixa é cega.... Mas se é cega, pra que que tem olhos? O que? 25º? O elevador está parado há 10 min no 25º? Ok... Ok... Tudo sob controle... É só a neurótica do 2504 fazendo obra pela 25ª vez. Tudo bem. Todo mundo tem problemas e o dela é síndrome do nunca estou satisfeita com nada por isso muda o carro a cada seis meses, a cor do cabelo toda semana, a do esmalte a cada 5 minutos e o marido ela nem tem porque antes de assinar os papéis ela resolve que deve mudar também. Mas eu não tenho nada com isso, não moro no vigésimo quarto, nem no décimo quinto e não estou fudida por causa da obra dela - posso subir de escada, afinal o terceiro andar não é tão longe assim, mesmo tendo o play e duas garagens antes. Caramba, o play e as duas garagens... O problemas são essas duas garagens. Ai, caramba. Morta. Tô morta, que isso? Muito morta! Pelo amor de jesus cristo senhor amado nosso, o que é isso? Uma pessoa com 25 anos não pode passar mal desse jeito subindo três andares, um play e duas garagens! Ih, a luz! Ficou acesa. Hum... Que fome! Será que o estrgonofe de terça-feira está estragado? Ai é negativismo isso. Uma pessoa otimista se perguntaria se o estrogonofe ainda está bom. Ai! Cadeira reclinável... como essa cadeira é macia. Cadeira grande marrom macia reclinável. Cadeira de preguiçoso. Frio. Merlot. Cadê as taças? Taças de vinho de vidro de cor branca de poeira de anos sem usar. Taças vazias. Taças cheias de nada dentro delas. Taças com o pano que esfrega esfrega esfrega. Transparentes as taças estavam depois do pano e antes do vinho que desce desce desce aos poucos saindo da boca verde de vidro da garrafa do Merlot que saiu da bolsa branca do supermercado coração vermelho cor de unhas descascadas. Computador ligado. Teclas brancas com letras pretas Duas taças. Iniciar e um link branco cor de teto e de nuvem e de espuma com "W" azul Microdsoft Word. Times New Roman número 12. Não... Explorer. Internet Explorer, "e" azul mas este azul é claro diferente do Microsoft Word que é azul escuro. Duas taças de vinho ao meu lado. Uma é minha. A outra é sua. Trospecosaoaverso.blogspot.com. Ai... tropecos ao a verso ou tropecos a verso? Nunca sei como é... Quem foi a criatura que fez esse negócio de colocar de um jeito no login, outro no nome e um terceiro no endereço??? G- zuis! Hein, meus olhos azuis??? Ou foram os olhos cor de Mel? Nova Postagem escrito em branco dentro de um quadrado laranja. "Ela" foi a primeira palavra antes que o resto das letras começassem a aparecer e... um gole. Duas taças. Uma é minha e a outra é sua. Um gole que desce desce desce e entra denso e seco e amargo desce e caminha por dentro do corpo de todo o o corpo e a tela branca, tudo branco as pareces o chão o teto, não há móveis, não há nada além você no meio. Espaço vazio, sem quinas, sem cor, sem gente, sem móveis. Só você e a agulha. Fina, pequena, indolor, prata, na veia, agulha, suave... Ela entra macia e faz aquele pic. Só lhe dão se você deixa entrar. E você deixa. E entra, é denso... líquido entrando denso no corpo e o corpo olha pro teto que não há. Duas taças entre mim a tela branca povoada por pretas letras que surgem dentro do pensamento. Duas taças, a minha é a cheia e a sua, fiel companheira Solidão, é a vazia. Um brinde a nós duas e um gole. E eu te engulo e me embriago de você antes que pense em me engolir e eu fique bêbada pra te esquecer. Mais um brinde. Estamos juntas e somos uma. Eueela. Só lhe dão se você deixar. E você deixa. E pede mais. Um gole. E o líquido desce vinho e amargo e seco e denso desce desce desce desce desce.


elA
Poesia não é uma forma de escrever, é um modo de ver o mundo.

elA
ela perguntou se eu acreditava.
nao queria falar sobre aquilo naquela hora. tava fraca. a cada meio esboço de sorriso, imediatamente caia uma lágrima.
tava triste. vazia. com a cabeça embaralhada, com preguiça quase medo de pensar.Uma espécie de preguiça/medo, aquela q vc sabe q se pensar, fudeu! então , para nao investir em paranóias mais perigosas apenas disse:
-Não
-por favor
-agora não
-mas vc acredita?
-sei lá.queria acreditar, seria bem mais confortante

3 arrudas
um texto
e
mta


MEL
sempre achei ridículo o discurso pronto ao me parabenizarem.
"parabens, tudo de bom. mta saúde, paz.Q vc seja mto feliz"
Saude e paz
pode desejar q eu nao acho mais ridículo
MEL

27/05/2009

qual o problema desses artistas ditos contemporaneos que fazem questao em suprimir a sua arte numa especie de bolha inflavel incapaz de ser furada?
porque a insistencia em trabalhar com a dor, com a melancolia, o sofrimente, "o que nos toca, comova, apreoxime, bla..."
se a vida na maioria das vezes tem que ser pratica e nao sentimental.
como fazer uma arte pratica?
como se disvincular do artista /pessoa?
nem tudo genial foi causado pela dor.
nao da pra unir os dois entao?
a vontade de nao fazer nada com a vontade de querer alguma coisa.
criar.
escrever.
o que for.
as vezes as opinioes nao interessam tanto assim...
criar pelo simples fato de criar.
escrever porque tem vontade de escrever, falar, seja la pra quem for...
pra mim, pro meu artista, pras minhas angustias...
o artista vive num muro cercado de angustia, ansiedade, dor, bla bla bla.
entao.
practicidade.
façamos alguma coisa com esses bla bla blas todos,
nem que seja escrever bla bla blas no nosso querido blog.
desabafo de uma atriz que nao sabe direito pra onde correr, pra que correr
e querendo correr como louca.


MIDRAJ

25/05/2009

depois de muito tempo calada
minha cabeça pede em altos brados que saia alguma coisa por entre os dedos
que saia a ansiedade que tá aqui dentro
que saia o medo
as fantasias
as paranóias
que saia
pode ser ser como for
jogo fora aqui o que nao me serve mais dentro da cabeça
que pede por favor e em alto bom som pra sair
que saia
saia de reto
saia correndo
saia sem eu sentir
ou melhor
comigo sentindo por que assim dá mais prazer
o não acreditar me persegue desde a infancia
pode ter sido culpa dos meus pais que nunca acreditaram de fato em nada tb
pode ter sido culpa do rabino que só falava em hebraico, e aí realmente dificultava o entendimento
o fato é que passei grande tempo da minha vida querendo acreditar em algo confortante....mas sou desconfiada demais para isso...
mas é injusto
a quem eu vou pedir?
quem vai fazer com que minha cabeça me iluda?
e esse peso, com quem eu divido?
não gosto de falar pra ninguém, pq pode ser que atraia
Vou explodir!
e ainda hj, um rapaz de uns 30 anos me para na praia e pergunta o q eu estava lendo
-é uma biografia
-nao, poesia
-vc é mto sensível
(eu meio se saco) - é?
-eu sou médium. vc tb
-eu? não (risos tímidos)

ele sentou e me olhava profundamente nos olhos. eu desviava. a fragilidade do momento não me permitia tal confronto. Lá ele ficou, me contou toda sua vida e agradeceu por eu existir.



MEL

23/05/2009

queria...

palavras doces,
frases sutis,
um abraço,
um cobertor
e um beijo de boa noite.


midraj.

essa noite eu tive um sonho.

sonhei,
era um lugar estranho com pessoas mascaradas,
arvores, enormes, folhas
escuro.
seres grandes e mascarados com pedaços de folhas.

uma montanha.
la no fundo um poço.

uma menina era empurrada pro alto da montanha,
e suas folhas, suas mascaras eram arrancadas do rosto e do corpo dela, ate que deixaram ela nua.
devia ter uns 3 anos... e nua se parecia comigo.

era eu ...
com 3 anos de idade.

e ela(eu) mergulhou no poço,
sozinha e nua,
a agua era quente.
aconchegante.

e ela me abraçou.
o poço era o meu corpo, minha barriga, meu estomago
e o corpo dela que ja foi o meu, agora faz parte de mim de novo.

que sensaçao boa, eu nao quero que ela saia.
quero guardar ela dentro de mim assim
protegida.

me guardar...


...................midraj........................

13/05/2009

Leandro virou namur que virou quem

04/05/2009

cada um com a sua camisa.
cor, símbolo, povo misturado.
uma só voz...

GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL!
É CAMPEÃOOOOOOO!

no fim,
a festa.
bem amigos,
no brasil,
tudo acaba em futebol.

midraj. (mengo!)



22/04/2009

Fragmentos de textos para criação da dramaturgia do espetáculo "A Caminho de Tar" - inspirado no texto "Fando e Lis" do espanhol Fernando Arrabal

"A Caminho de Tar"


Leandro sempre relativizar as coisas, por exemplo:



TOSO - A Luz está forte.

LEANDRO - Está forte porque você está deste lado, se eu estivesse no exato ponto onde você se encontra e você estivesse no exato ponto onde me encontro, a luz não estaria forte.

MITARO -É, tem razão. Mas então, a luz nunca será a mesma para nós três, a menos que consigamos ocupar o mesmo exato ponto em que nos encontremos.

NAMUR - Sim, a menos que consigamos ocupar o mesmo exato ponto em que... o que?

MITARO - Nos encontremos.

NAMUR - Não nos encontraremos, estaremos.

MITARO - Que seja, a luz apenas será a mesma se acontecer um eclipse.

NAMUR - O que é um eclipse?

MITARO - Eclipse é quando a lua, a Terra e o Sol se alinham completamente...

NAMUR - A felicidade é um eclipse.

TOSO - Isso não faz a menor diferença pra que cheguemos onde precisamos chegar. Será que podemos continuar?


e


MITARO - A coisa (guarda-chuva) é preta.

NAMUR - Quem disse que é preta?

MITARO - Por que? Você não vê preta?

NAMUR - Vejo... Mas será que o meu preto é igual o seu preto?

MITARO - Não sei se tem alguma limitação no funcionamento do meu cérebro, mas não estou entendendo o que está querendo dizer.

NAMUR - Quem foi que disse que o seu preto não é o meu amarelo? E o meu amarelo o seu preto e o meu verde o seu azul?

MITARO - Você está dizendo que o seu rosa é o meu laranja e o meu roxo é o seu marrom?

TOSO - E o seu tudo é o meu nada e que o nada é onde sempre estaremos se não nos pusermos a caminho de Tar.

NAMUR - Estamos apenas tomando as precauções necessarias, afinal você já imaginou se o meu roxo é o seu amarelo, e o seu azul é o meu branco, e o seu...

TOSO (interrompe) -Ai! Como é que vocês não percebem que isso não faz a menor diferença?

MITARO- Mas é claro que faz diferença, esta confusão pode causar até mesmo uma catástrofe nos nossos planos, é praticamente uma armadilha, como é que você não vê uma coisa dessas.

NAMUR - E ainda tem displante de dizer que não faz a menor diferença.

TOSO - É porque não faz.

MITARO - Como pode afirmar que o seu verde não é o meu amarelo o meu branco o seu preto, o meu ouro a sua prata.

NAMUR - Isso, o nosso ouro a sua prata! VEja só que confusão isso pode dar! Ai ai ai.

TOSO - o arco-íris é uma prova de que isso que vocês estão falando não faz a menor diferença.

MITARO - Arco-íris? Então ele acredita na história do pote de ouro no fim do arco-íris!

NAMUR - Não é desse ouro que estamos falando! Deixa ele, ele não nos entende, nunca entende, não entende nada.

TOSO - Vocês é que não entendem, eu falo das cores, as cores do arco-íris comprovam que essa história de meu seu nosso, amarelo, verde, ouro e prata não fazem a menor diferença. O que faz diferença é seguirmos a caminho de Tar.

NAMUR E MITARO - Ele não entende.

MITARO - O Arco- íris não prova nada.

NAMUR - É, não prova nada.

MITARO - MAs talvez ele tenha uma certa razão.

NAMUR - É, talvez ele tenha.


e


Discussão sobre direita e esquerda.

e

FANDO E LIS

Discussão sobre eu e você


IMPRO QUATRO

TOSO (olhando para o chão e depois para o céu)- Qual a distância daqui até ali?

MITARO - Nem muitos Tosos empilhados um em cima do outro seriam suficientes para medir.

FANDO - Nem infinitos Tosos.

TOSO - Por que Tosos?

NAMUR - Pergunta errada, por que infinitos?

TOSO - Por que errada?

MITARO - Por que infinitos?

FANDO - Porque o infinito é o que não sabemos.

TOSO - O infinito não existe.

NAMUR- Então o que não sabemos não existe.

MITARO - Então sabemos tudo.

FANDO - Não, o infinito não é o que não sabemos, infinito é tudo.

MITARO - Como tudo?

NAMUR - Tudo, o espaço, o tempo...

MITARO - Ah, não, essa história de tempo de novo, não.

TOSO - Está bem, vamos então ao que importa, como chegamos lá?

MITARO - Lá onde?

NAMUR - Lá?

FANDO - Céu...

NAMUR - O que?

FANDO - Céu.

MITARO - O quê?

TOSO - Céeeeuuuu.

MITARO - O que é Céeeeuuu?

TOSO - Céu é um dos nomes que dão para o lá.

MITARO - Pro infinito?

TOSO - É, tem esse nome também. Será que existe uma escada que leva para lá?

MITARO - Pra esse céu?

TOSO - É.

FANDO - Não sei.

MITARO - Se não tem, como é que sobe?

FANDO - Mas... a partir de onde que é céu?

MITARO - Antes das nuvens ou depois das nuvens?

FANDO - Se eu pular, já é o céu?

MITARO - Céu é a cobertura do mundo?

TOSO - Não é o teto.

NAMUR - Teto?

MITARO - Sempre achei que Deus morasse na cobertura.

TOSO - Deus? Quem é Deus?

MITARO - Não sei, Quem é deus?

TOSO - Você disse Deus.

MITARO - Não, eu não disse Deus. Quem disse Deus?

NAMUR - Você disse Deus, eu ouvi.

MITARO - Não, eu não disse?

FANDO - Quem disse Deus?

MITARO - Deus é o céu?

FANDO - Não, é o infinito.

TOSO - Mas o infinito não existe.

MITARO - Mas eu queria ir pro céu mesmo assim.


PS: Leandro e Namur são os mesmos.


elA

16/04/2009

DÉBORA, Juíza e profetiza de Israel

.
.
.
.
.
.




Cântico de Débora, segundo a tradução da Bíblia de Jerusalém:





“Já que, em Israel, os guerreiros soltaram a cabeleira
e o povo espontaneamente se apresentou,
bendizei a Iahweh!

Ó reis, ouvi! Ó príncipes, escutai!
A Iahweh, eu, sim, eu cantarei,
celebrarei a Iahweh, Deus de Israel.

Iahweh! Quando saíste de Seir,
quando avançaste nas planícies de Edom,
a terra tremeu,
troaram os céus, as nuvens desfizeram-se em água.
Os montes deslizaram na presença de Iahweh, o Deus de Israel.

Nos dias de Samgar, filho de Anar, nos dias de Jael,
não existiam mais caravanas;
aqueles que andavam pelos caminhos
seguiam tortuosos atalhos.

As aldeias estavam mortas em Israel,
estavam mortas,
até que te levantaste, ó Débora,
até que te levantaste, mãe em Israel!
Escolhiam deuses novos,
e a guerra batia às portas.
Não se viam escudos nem lanças,
e eram quarenta mil em Israel!

O meu coração volta-se para os chefes de Israel,
como os voluntários do povo!
Bendizei a Iahweh!

Vós que cavalgais brancas jumentas
e vos assentais em tapetes,
e vos que ides pelos caminhos, cantai,
ao som da voz dos pastores,
a beira dos bebedouros.
Aí se celebram os atos justos de Iahweh,
os seus atos de justiça pelas aldeias de Israel!
Então o povo de Iahweh desceu às portas.

Desperta, Débora, desperta!
Desperta, desperta, entoa um cântico!
Coragem, Barac! Levanta-te
e domina os que te haviam aprisionado, filho de Abinoem!

Então Israel desceu às portas,
o povo de Iahweh desceu por sua causa, como herói.

Os príncipes de Efraim estão no vale.
À tua retaguarda, Benjamim está entre os teus.

Os chefes desceram de Maquir,
de Zabulon, aqueles que levam o bastão de comando.

Os príncipes de Issacar estão com Débora,
e Naftali, com Barac, pelo vale, seguiu as suas pegadas.

Nos clãs de Rúben
Demoradamente se deliberava.
Porque ficaste nos currais
a escutar o assobio, junto aos rebanhos?
Nos clãs de Rúben
Demoradamente se deliberava.

Galaad ficou do outro lado do Jordão,
e Dã, porque vive nos navios?
Aser permaneceu na orla do mar,
e tranqüilo habita em seus portos.

Zabulon é um povo que enfrentou a morte,
como Naftali, nos planaltos do território.

Os reis vieram e combateram,
os reis de Canaã combateram
em Tanac, a beira das águas de Meguido,
mas não levaram dinheiro por espólio.

Do alto dos céus as estrelas lutaram,
de seus caminhos, lutaram contra Sísara.

A torrente do Quison os arrastou,
a torrente dos antigos tempos, a torrente do Quison!
Marcha, minh´alma, ousadamente!

Então os cascos dos cavalos martelaram o chão:
galopam, galopam os seus corcéis.

Maldito seja Meroz, diz o Anjo de Iahweh,
amaldiçoai, amaldiçoai os seus habitantes:
pois não vieram em auxílio de Iahweh,
entre os heróis, em auxílio de Iahweh.

Bendita entre as mulheres Jael seja
a mulher de Héber, o quenita,
entre as mulheres que habitam em tendas, bendita seja ela!

Ele pediu-lhe água: leite lhe trouxe,
na taça dos nobres serviu-lhe creme.
Estendeu a mão para apanhar a estaca,
a direita para alcançar o martelo dos trabalhadores.

Então matou Sísara, rachou-lhe a cabeça,
com um golpe perfurou-lhe a têmpora.

Entre os seus pés ele desabou e se estendeu.
Onde caiu, ali ficou, sem vida.

À janela a mãe de Sísara se debruça
e espia, através da grade:
“Porque tanto tarda o seu carro a vir?
Porque são lentos os seus cavalos?”

A mais sábia das suas donzelas lhe responde,
e a si própria ela repete:
“É que sem dúvida demoram em repartir os despojos:
uma jovem, duas jovens para cada guerreiro!
Finos tecidos bordados e coloridos para Sísara,
um enfeite, dois enfeites para meu pescoço!”

Assim perecem todos os seus adversários, Iahweh!
Aqueles que te amam sejam como o sol
quando se levanta na sua força!”




MEL

03/04/2009

Minha Música


Minha música não quer ser útil
Não quer ser moda
Não quer estar certa
Minha música não quer ser bela
Não quer ser má
Minha música não quer nascer pronta
Minha música não quer redimir mágoas
Nem dividir águas
Não quer traduzir
Não quer protestar
Minha música não quer me pertencer
Não quer ser sucesso
Não quer ser reflexo
Não quer revelar nada
Minha música não quer ser sujeito
Não quer ser história
Não quer ser resposta
Não quer perguntar
Minha música quer estar além do gosto
Não quer ter rosto, não quer ser cultura
Minha música quer ser de categoria nenhuma
Minha música quer só ser música:
Minha música não quer pouco.
MEL
qualquer saudade que subistitua o passado.




..............midraj.
destino.
coincidencia.
encontro.

(foi, ou, o nosso?)


midraj

28/03/2009

putz!



MEL
Amanhã
Caetano Veloso
Composição: Guilherme Arantes
AmanhãSerá um lindo diaDa mais louca alegriaQue se possa imaginarAmanhãRedobrada a forçaPra cima que não cessaHá de vingarAmanhãMais nenhum mistérioAcima do ilusórioO astro-rei vai brilharAmanhãA luminosidadeAlheia a qualquer vontadeHá de imperarAmanhãEstá toda a esperançaPor menor que pareçaQue existe é pra vicejarAmanhãApesar de hojeSer a estrada que surgePra se trilharAmanhãMesmo que uns não queiramSerá de outros que esperamVer o dia raiarAmanhãÓdios aplacadosTemores abrandadosSerá pleno, será pleno

27/03/2009

o cara caiu ali, na minha frente.
ele tava carregando 5 caixas de coca-cola. tropeçou na minha frente.
o nariz começou a sangrar.
Assim, desse jeito que eu to contando. 8 horas da manhã. eu muito grog de sono. um olhar pra minha bunda e eu atrasada, sem dinheiro, no caixa eletronico. A mulher demorou horas pra pegar o dinheiro e eu ainda tinha que tomar café.
Aí o cara tropeçou.
o nariz sangrou.
E ninguém fez nada
Uns 60 anos, ele tinha.
Carregando 5 caixas de coca-cola , ele tava.
A gente pediu gelo pro gerente.
A mulher que tava a horas pegando dinheiro no caixa eletronico continuou lá olhando pra suposta fortuna que aparecia na tela
E o cara lá
caído
no chão
eu pedi gelo, mas o gerente não ouviu , eu acho.
O cara levantou
os amigos ajudaram
Tá caindo de maduro, é?
vamos lá, camarada. Vamos segurar esse corpo. Força. vamos voltar ao trabalho, pq ainda são 8 da matina.
pegou o lenço de papel que apareceu de repente na mão dele
e voltou
agora prestando mais atenção naquele degrau
Aí, meu telefone tocou
era vc perguntando pq eu não me despedi
me despedi antes. a gente dormiu
perdi a hora
saí correndo.
voltei pra lá e me despedi
com um beijo
o beijo
se tivesse me despedido
talvez o senhor não tivesse tropeçado






MEL

23/03/2009

singela

uma puta dor de cabeça que me dá
uma pena filha da puta
da puta que ele mandou pra puta que paril
mas em puta que paril
acredita que a puta ainda tá puta?
com o puta chute na bunda que a puta levou



mel

21/03/2009

não sei o q ele é na verdade
sei o q me dá
o q me dá pensar
o q me dá sentir
o que me dá
q me dá
q meda
meda
(o)


.
.
.
.
.
MEL
e sem mais dizer nada, tirou seu time de campo e jogou-se na rua.
desconsertada
suja
mas, armada com maior de todos os ódios
o ódio de quem ama
tinha sangue nos olhos
os cabelos molhados de suor davam um tom sensual aquela moca
era bonita dentro dos adores da beleza. nada demais
nada de androgina. nada de ruiva. nada de olhos azuis.
era assim. simples.
assim
cabelos , olhos e peles todos da mesma cor. Q davam um tom meio horizontal a ela.
faltava algo de transversal
Foi ai que ela
(corpo vermelho sangue nos olhos cabelos suados)
teve seus labios capturados
por ele
(pele preta pes descalcos e um labio que servia de cama para sua boca)
depois disso
voltou para casa
tomou um banho
puxou o seu lado da coberta e dormiu
nua





mel

16/03/2009

a delicadeza as vezes é feita de pedra, é detalhadamente esculpida.



midraj.


12/03/2009

despedaçada.
assim,
espalhada em quatro cantos,
no chão, no rosto, na rua e no travesseiro.

Pétala que cái,
se desfaz e vira vidro,
sangra.

ah... bem que disseram que as de plástico não morrem...

comprei dia desses ali na esquina,
da mão desses caras que insistindo bastante, um real satisfaz...
menos é mais...

"branca não, vermelha."
as brancas duram menos, são mais frágeis.
quem foi que disse?
vermelha, branca, amarela, rosa...
igual.
acabam assim.
despetaladas...

nunca gostei de brincar de "bem me quer, mal me quer".

vermelha, branca, amarela, rosa...
sempre igual.
despedaçadas...
ah... sorte mesmo das de plástico... não morrem nunca.


midraj.

10/03/2009

a felicidade traz uma burrice que aprisiona no comodismo
ser feliz exige que não se mergulhe
ser alegre é não rasgar-se até sangrar
fico feliz com minha tristeza
uso minhas sensações como ferramenta para meu trabalho
eu quero sentir sem sentido


mel

05/03/2009

Ele olhou pra ela e disse, O meu tempo é diferente do seu.

Ela, Como, se a gente habita o mesmo país?

Ele, Meu relógio tá atrasado cinco minutos

Ela, O meu tá adiantado sete.


E se a gente segurasse os ponteiros ao mesmo tempo?



midraj.

01/03/2009

dele.

"Repara um pouquinho nesta,
no queixo,
no olhar,
no gesto,
e na consciência profunda
e na graça menineira,
e dize,
depois de tudo,
se não é,
entre meus erros,
uma imprevista verdade.
Esta é minha explicação,
meu verso melhor ou único,
meu tudo enchendo meu nada."

dele. (Drummond)


midraj.

26/02/2009

Ô sorte...!
.
.
.
.





!midraj!

16/02/2009

PRESENTE de Hoje ou Um Impalavrável aniversário pra você

as palavras parecem não ter vida quando tentam dar conta do que existe entre
as palavras parecem não saber o que é a saudade daquilo que não se viveu
as palavras parecem não conseguir dizer obrigada ou pedir desculpas
as palavras parecem nunca saber dar os parabéns a alguém ou descrever o que é o genuíno desejo de feliz aniversário
as palavras parecem não explicar que comemora dentro de mim o seu tempo que se recicla hoje
as palavras parecem sempre quebrar o encanto disso que na verdade é inominável...
as palavras parecem desleais ao tentarem traduzir a língua do coração
as palavras parecem ludibriar você sobre o que eu realmente gostaria de ter dito
as palavras parecem não compreender a prolixidade dos sentimentos
as palavras parecem querer desembaralhar as emoções, que descartam a organizada razão
as palavras parecem poder te fazer carícias e dar beijos e oferecer abraços, mas jamais trocá-los em mútua e simbiótica ação
as palavras parecem não sentir o que é o amor amado por um amante que pensa conhecer o verbo
as palavras parecem escrever poesiano papel, na tela ou no coração de alguém
as palavras parecem pensar que podem nomearas palavras parecem repetidas
as palavras parecem inexatas e imprecisasas
as palavras parecem repetidasas palavras não fazem silêncio
as palavras parecem não ter culpa porque não são elas... nada parece poder declarar
mas parece que as palavras são a tentativa de esplanar o hoje, o ontem e o amanhã de depois... ...e parece que podem sussurrar derretidas ao pé do ouvido: eu exclAmo você aqui... dentro de mim.
esse é um beijo em forma de palavras



elA

15/02/2009

e continuo amando ele mesmo assim


elA

11/02/2009


nos ultimos dias tenho me visto acordando completamente nua.

e não me visto.

(...)


midraj.


09/02/2009

leveza preenchida por prolongados instantes de felicidade
.
.
.
como já dizia ela... "Qual é o peso da luz...?"
.
.
.
você me faz sorrir de barriga cheia.
.
.

Midraj.

08/02/2009

e acordar
e ver que enquanto eu dormia
meu sono é sonho de alguém
que pede pra falar baixo qnd grita
que pede pra parar de falar enquanto autismo
que só vc ri do meu HEI HEI HEI
que juntos enfrentamos o calor do deserto do Saara
mas que nada como uma água mineral na cara
que peraí, rapidão
qnd NAO pode ser
E até o Guga chora qnd vê um boné q tem 9 indo embora



MEL

02/02/2009

Quando quero sou tão má que fico até tentada a sentir culpa.

mas todas as outras são lindas também

A estrela mais forte e brilhante do céu é vênus. E é a que eu mais gosto também. E não apenas por ser a mais aparente, e não só por ser Vênus, e não por toda sua simbologia, não por sua poesia ou pelo que em si contém, mas porque existe. E porque eu não posso tocá-la. E por mais improvável que seja, não ela não é plenamente impossível. Um dia eu posso chegar lá.

elA
III
mel

vale a pena ler de novo....

O mar na calmaria.....
Nada de ondas, apenas pequenas marolas q acabam não deixando nem nossos olhos fotografarem o branco da espuma.
Aparentemente tudo perfeito.
Máscara, oxigênio
.
.
.
.
.
.
.
.....blubblubblu............
.
.
.
.
.
Mergulho de cabeça no lugar q parece estar em plena paz marítima.
Olho através das lentes do óculos e borbulhas cegam minha visão, não posso dar uma opinião mto plausível do q seria a paz lá de baixo, pois minha visão está equivocada.
Continuo mergulhando e parece q a cada momento mais borbulhas atrapalham o meu ver.
Ouço vc gritar, mas é difícil entender pq o som reverbera mto mau debaixo da água.
O pior de tudo é q qnd vc fala, saem mais bolhas da sua boca e atrapalham mais ainda a ver o q não consigo.
Meu ar acaba de vez em qnd, e tenho q subir em busca de oxigênio.
Volto a paz hipócrita do mar sem bolhas.
Parece q qnd chego aqui em cima acredito q só existe isso e q é melhor assim, mas a escuridão e o silêncio do fundo do mar instigam meus pensamentos, levando–os subitamente a me deparar de novo com
bolhas.
.
.
.
.
mel.
.
.
.
Postado por tropeços. às 6/30/2008 09:35:00 PM

1 comentários

o Avesso

Já falei que eu to com medo dessa nossa amizade?Já falei?
Acho q eu não te disse isso não....
Eu pensei, ué?
vc não percebeu?
Vc só percebe o que vc quer, né?
O que vc quer, vc se aprofunda. Aprofunda tanto que eu preciso de ajuda pra subir.
Engraçado que nessa horas vc está sempre ausente.
Ou quando se encontra por perto aparenta uma placidez que não cabe.
O q cabe?Vc não cabe em mim?
Qnd eu resolvo aumentar meu tamanho, consigo colocar vc em mim.
A gente arruma de um lado, esgarça de outro e vc acaba entrando.
Claro q sempre vasa alguma coisa.
Vc não é do tipo q simplesmente cabe e ponto final
Tem q transbordar.
Tem exceder!
Mas eu gosto disso em vc.
Adoro estrapolar
adoro quem dá uma volta a mais, depois da linha de chegada
.vc é bem assim
isso é teu!
Mas é isso que me irrita qnd a gente se desentende.
Nos dias frios, em que meus Domingos não tem dia, vc me obriga a escrever.
Vc me obriga a comer
Vc me obriga a tomar uma garrafa inteira de vinho, sozinha.
Vc me obriga a pensar
pensar
pensar
Vc me obriga a ser mais do que eu sou.
Talvez vc me obrigue a ser vc.
Seu sonho é que nós fossemos realmente iguais
Eu quero que vc saiba que EU NÃO SOU IGUAL A VC!
Tenho minhas próprias vontades.
Aliás.
queria te pedir uma coisa.
Por favor, comece a reprimir seus ímpetos.
Segure um pouco a visceralidade dos seus desejos.
Vc sabe q eu acabo não resistindo a sua lábia.
Vc sabe que eu me derreto se escuto só uma frase sua.
E vou! confio em vc piamente.
Me entrego.
E depois?
Acordo de manhã e vc não está lá.
Te chamo algumas vezes, mas vc parece não me escutar.
acho q qnd chamo vc minha voz quase cala.
e o mais interessante é que não consigo tirar vc da minha cabeça.
A gente se misturou tanto...não sei se eu sou eu, ou se sou um pouco de vc tb.
Obrigada por me escutar em todos os momentos da minha vida.
Vc foi única.
A única q esteve em TODOS os momentos
.Obrigada por jogar água qnd o vulcão entra em erupção
.Obrigada por cantar qnd eu estou quebrando tudo
Obrigada por me permitir ficar sozinha, mesmo sabendo que vc está do lado
Obrigada
Vamos seguir juntas até o fim da vida
Até o fim da vida......
Vc é a única certeza.


MEL!

Iê 2

foi tu que me cuspiu de volta a margem
foi tu que me tirou de dentro de vc



.
.
.
.
.


meu repeito
...
...
...

minha sandalia havaianas
meu aniversario
minha pulseira
meu beijo de feliz ano novo
minhas flores da cabeça
meus desejos
meus pedidos


.
.
.

Obrigada


MEL

e que de água é
e que de peixe dá
e movimenta
Há quem desenhe no ir e vir de suas ondas
Tem tb o q só admira, de longe
é medo
Por que tem q respeitar
e que de dentro tudo parece tão diferente
o silencio que dá qnd uma onda estoura
e o empuxo q te puxa pra cima
e a duvida q dá
q sou de terra e lá puxa pra baixo
mas é bom voar , olhando de barriga pra cima, o céu
é bom voar na tua água
e flutuar nas tuas ondas
a ti,
UM MERGULHO!
MEL

amor no mais básico significado q a palavra pode ter
amor renovado
amor inventado
de cabeça pra baixo
transcendendo o q essas 4 letras podem dizer,
a gente reescreve
a gente roma
a gente mora
orma
maro
oarm
a gente é maor!
e q se dane o "i" q não tá no meio
a gente guarda e coloca depois
a gente sabe q tem sempre depois
e q depois tem "i", mas nem sempre precisa ter

amor:
1. afeição profunda 2. objeto dessa afeição, a pessoa amada 3. Zelo, cuidado

amo
e
pronto

MEL

26/01/2009

A uma amiga

ELA, UMA QUASE NOVA HABITANTE FIXA DO MEU CORAÇÂO, TAMBÉM CONFIDENTE, ELA, QUE AS VEZES NÃO SABE O QUE QUER, MAS SABE QUE QUER, ELA QUE SABE USAR COMO NINGUÉM MAROTO SORRISO COMPLETO, ELA, QUE FICA ENJOADA, ELA, ALEGRE, ELA, TRISTE, ELA, ESPERTA, ELA, PA-RA-NÓ-IA, ELA QUE APÓIA, ELA, BAGUNÇA, ELA ARRUMA, ELA TROCA OITOCENTAS E NOVENTA E NOVE MIL QUATROCENTAS E OITENTA E SETE VEZES DE ROUPA, ELA, COR, ELA, VIDA, ELA TÃO SIMPLES, ELA, COMPLEXIDADE, ELA TANGÍVEL E NÃO, ELA NO FASHION RIO NA PRAIA EM CASA NA INTERNET, ELA AGORA, ELA ACHO QUE SEMPRE QUE MUITO QUE AMIGA, ELA SINGULAR PRONOME PESSOAL RETO DIRETO NO MEU CORAÇÃO.

elA

25/01/2009

cesardsvgomes@hotmail.com / Por amiga da onça

Lelê envia um wink:
Reproduzir "Balada"
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
opa!
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
the week quinta vamos?
Lelê diz:
rsrsrsrsrsr
Lelê diz:
how much?
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
q foi?
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
é sério
Lelê diz:
eu sei
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
20 quinta
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
sexta e sabado é 120
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
uiahuiahuahuia
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
ou seja..
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
vamos na quinta
Lelê diz:
oi?????????????????????????
Lelê diz:
q eeeesssoooooooo
Lelê diz:
vamos veiri
Lelê diz:
to em contenção total de despesas
Lelê diz:
só gasto com o q vai pra dentro de mim
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
iuahiuahuhauihauha
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
mas calma
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
vamos ver se rola lista pra entrar de gratis
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
ma snao espalha
Lelê diz:
aí, vc começou a falar a minha língua...
Lelê diz:
rsrsrsrsrsrrsrsrs
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
Lelê diz:
não, não espalho
Lelê diz:
vou só colocar na capa do segundo caderno do Globo: The week? Nomes para entrada grátis com Césardsvgomes@hotmail.com!!!!
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
ihahauiahaahiuhauhauha
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
te mato
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
faço vc pagar 120
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
rs
Lelê diz:
se vc me fizer pagar 120 vai estar realmente me matando
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
iuhaiuhaiuaiuah
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
é tem razão
Lelê diz:
bom, vou voltar a companhia de minha querida amiga e comapnheira Clarice...
Lelê diz:
a Lispector, conhece? minha best
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
iuhaiahuaahhauhau
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
conheço..
Lelê diz:
não sei pq essa intimidade toda, mas ela despeja páginas e páginas de seus segredos a mim
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
me visitou alguma svcezes...
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
rs
Lelê diz:
nem dou essa confiança toda a ela...
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
q não são mais segredos...
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
uhauahuhauhaua
Lelê diz:
rsrsrsrsrsrsrsrsrrsrsrsrrs
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
bom estudo amore
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
nos falamos até lá
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
bjus
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
Lelê diz:
beijocas muitas
Lelê diz:
ah!
Lelê diz:
praia mais tarde?
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
sem sol?

Você acabou de pedir a atenção.

"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
nem rola to em bangu
Lelê diz:
com sol
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
rs
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
mocidade
Lelê diz:
jesus!
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
uahuahuhauhahua
Lelê diz:
bangu? que cú!
Lelê diz:
vem cá, na página do segundo caderno do globo, não...
Lelê diz:
mas no meu blog, posso?
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
iuhaiuahuiahuhahuahiua
Lelê diz:
esse pt era uma vírgula
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
claro q nao
Lelê diz:
a nossa conversa...
Lelê diz:
deixa eu postar vai chuchuzinhooooooooooooooo
Lelê diz:
prometo um coração novinho em folha pra vc!
Lelê diz:
já com amor e tudo
Lelê diz:
uma mor novo
Lelê diz:
um amor novo
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
ihaiuahuiahuhauhauhuah
Lelê diz:
proposta irrecusável
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
mas nao poe meu e-mail nao
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
por favor
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
senao neguinho vai montar
Lelê diz:
hahahahahahahhahahahahhahahahahhahahahahhahahahahha
Lelê diz:
você acha que meu blog é assim tão popular?
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
uhauhauhahauhua
Lelê diz:
e vamos combinar, que se montar direitinho, não é tão ruím assim
Lelê diz:
ih! sumiu!
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
mas seja popular ou nao...colocou de gratis geral vai futucar
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
rs
Lelê diz:
Relaxe baby, se alguém te sufocar, me chama que eu saio logo varrendo de porrada, tá me enendeno
Lelê diz:
bom, parto agora, se não, não nasce mais
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
olha...
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
ela é furiosa
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
iuhaiuha
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
ok amor
Lelê diz:
rsrsrsrsrsrsrrsrsrs
Lelê diz:
beijocas
Lelê diz:
bom bancú pra vc
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
bjuuuuu
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
tosta
Lelê diz:
ahn??????????????
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:
nada amor
"Quem ama no meu coração transplantado?" diz:

Postagem inspirada em Mel.



elA